O empate Coral, aos 48 minutos do 2º tempo, no Clássico das Multidões, deste domingo (5), na Ilha do Retiro, não teve peso matemático, em relação ao mando de campo nas semifinais, contra o Central.

Na verdade, o ponto conquistado na casa do adversário – com um jogador a menos, durante todo o 2º tempo – vai se juntar aos pontos cirúrgicos amalgamados no supercílio esquerdo do meia João Paulo, autor do gol de empate.

Mesmo sangrando muito, o atleta pulou as placas de publicidade, atrás do gol do placar da Ilha do Retiro, e fez questão de comemorar, junto à Mais Apaixonada do Brasil, passando a mão no rosto, mostrando o escudo – banhado em sangue -, como se dissesse: “é de corpo, sangue e alma”.

Não bastasse perder, no intervalo, o volante Edson Sitta – afundamento do malar -, a entrega de João Paulo para marcar o gol de empate lembrou a atitude do Time de Guerreiros de 2011, aliás, o sangue exposto no rosto e camisa do meia pode ser a marca Coral, na busca pela vaga à Final do PE 2015.

Depois de, também, “doar xixi”, no exame antidoping, João Paulo – já com o supercílio suturado, falou do empate heroico – com gosto de sangue -, na sua coletiva de imprensa.

“Com o gol, pode acontecer tudo que eu tô feliz. O mais importante foi esse pontinho, com um jogador a menos, uma vitória que eu dedico ao nosso grupo, vem numa sequência boa, não poderíamos perder este jogo, não fizemos uma grande partida, mas às vezes, tem que ser na raça”, disse João Paulo.

[img2] João Paulo, na coletiva, pós-jogo.