Apesar de jovem (18 anos), o meia Raniel já tem “uma vida”, quando se fala das Repúblicas Independentes do Arruda, lugar em que ele, provavelmente, deve ter passado a maior parte do tempo, nos últimos treze anos.
Vindo do futsal, onde começou aos 5 anos, passando pelas categorias de Base, até chegar ao time profissional, em 2014, Raniel descreve a mesma trajetória de muitos outras atletas corais que despontaram para o futebol brasileiro e mundial.
Confirmado pelo técnico Ricardinho na vaga de Thiaguinho, Raniel volta à titularidade, diante dos leoninos na Ilha do Retiro, domingo (5).
O retorno à condição de um dos criadores do meio-campo Coral (ao lado de João Paulo), vem justamente, após ter entrado durante o segundo tempo da partida, contra o Serra Talhada, no Arruda.
“Peguei mais um pouco de confiança, estava precisando marcar um gol, dar uma aliviada, jogar mais solto – não que estivesse sem confiança – mas esse gol me deu uma tranquilidade maior para continuar com essa série de jogos. Se Deus quiser (e tiver oportunidade), que fazer mais um gol, sim”, falou otimista.
Naquela ocasião, Raniel não só marcou seu primeiro gol como profissional, como foi eleito pela crônica, o melhor em campo, pelo simples fato de ter desequilibrado a favor dO Mais Querido.
A menos de dois dias de enfrentar os leoninos, Raniel sonha em fazer um bom jogo e, se possível, até balançar as redes, mas sabe que a oportunidade chega, mais uma vez, e que é preciso não dar bobeira, principalmente, em se tratando de um grande jogo.
“Tô bastante motivado, juntamente com toda equipe, vim trabalhando a semana toda para esse clássico, então, vamos entrar com uma motivação grande para fazer um grande jogo. Participar de um clássico dessa imensidão representa muita coisa, não tem preço, por isso, estou muito feliz de poder participar desse jogo, muito mais diante de uma equipe de Série A”, disse.
Com toda uma carreira, ainda, a construir, Raniel põe os pés no presente e, de forma simples – mas centrada – dá a receita para jogar contra o maior rival no Estado, dentro dos seus domínios, mesmo sem se tratar de um jogo decisivo.
“Vou tentar fazer o que o professor Ricardinho me passar, entrar na partida, jogar sem ter medo de nada, fazer o que ele pede e, se Deus quiser, agarrar essa oportunidade. No mais, é ter um pouco de calma, estou começando agora, respeitando os meus companheiros, mas vou me dedicar bastante nessa fase final para ajudar a equipe e – quem sabe – sair com o título”, finalizou Raniel.